CADERNO DE VIAGENS - suplemento de "Aparas de Escrita"

Locais e ambientes, pessoas e costumes, histórias, curiosidades e acontecimentos.

Statistiche sito,contatore visite, counter web invisibile TRANSLATE THIS PAGE

sexta-feira, março 31, 2006

UMA ESPERTEZA ESTÚPIDA E CARA

Por diversas vezes, falando com brasileiros sobre o Brasil e a sua gente, me foi dito por eles que, ao levantar-se, a primeira questão que o brasileiro coloca a si próprio é: "Quem vou enganar hoje?". E a seguir, "Como?".
No que me diz respeito, da experiência que colho de 4 anos a viver no Brasil, isto parece-me verdade, em particular no Nordeste, em Pernambuco, na sua capital Recife.
É claro que há maus profissionais em toda a parte. Mas quando a incompetência caminha de mãos dadas com a desonestidade, então a pouca vergonha ganhou o lance, e todos os intervenientes, por isso mesmo, perderam.
Perdeu o contratante porque perdeu o dinheiro que pagou num serviço que não o satisfez, ou nem sequer obteve.
Perdeu o contratado porque, mais do que esse cliente que acabou de perder, perdeu todos os outros potenciais clientes a quem o contratante vai denunciar a torpeza do contratado.
Perdeu a sociedade no seu todo, porque se perdeu o respeito pelas relações de honestidade (que envolve competência técnica, preço justo, prazos cumpridos, assistência eficaz) entre fornecedor e cliente.
Eis um exemplo curto, mas bem eloquente.
Zé dos Santos, a viver num edifício de apartamentos de 14 andares, quis oferecer à filha uma tomada de televisão no quarto ligada à colectiva do prédio.
As imagens captadas pela antena interna eram más, com manchas, com "fantasma", canais, até, que não se viam.
Zé dos Santos, antegozando a surpresa que faria à filha, indagou na Administração do condomínio como poderia resolver o seu problema.
Foi-lhe dito que uma empresa estava contratada para se encarregar da manutenção desses equipamentos e fazer esse tipo de obras. O condomínio pagava mensalmente o estipulado no contrato.
Ainda que grande parte dos moradores estivesse descontente, a coisa ia andando.
Um tal Nerivaldo era o patrão, e foi Nerivaldo que Zé dos Santos contactou.
Só ao fim de cinco tentativas conseguiu conhecê-lo. Uma figura apagada, gaguejante, inclinada em desculpas e mal-dizer dos seus empregados. Promessa e mais promessa, arrastaram-se três semanas até que Nerivaldo se dignou aparecer com três acólitos a que chamava técnicos.
Nerivaldo mediu a olho a distância, fez contas, disse preço.
Zé dos Santos mostrou-lhes a imagem com a antena interna. Nerivaldo e seus técnicos falaram entre si e disseram a Zé dos Santos que era um problema de antena. Isso Zé dos Santos já sabia.
Zé dos Santos perguntou se pelo preço ajustado tudo ficaria em condições.
Nerivaldo garantiu que punha uma tomada a funcionar com as imagens directas da antena exterior. Que seria diferente. Antena interna nunca dá boa imagem. E outras coisas que Zé dos Santos não entendeu, mas que considerou um mimo, com os olhos a antever a alegria da filha.
Dois dias depois os técnicos de Nerivaldo apareceram para fazer o serviço.
Pediram uma extensão emprestada, porque se tinham esquecido do material não se sabe onde, pingaram-lhe o chão do quarto de cola, fizeram um buraco na parede do prédio, junto à janela do quarto da filha, para passar o cabo, deixaram um cheiro insuportável a sujo no ambiente, e marcas de mão negra nas paredes, mas tudo isto Zé dos Santos ignorou, pela surpresa que faria à filha.
Trabalho terminado, Zé dos Santos, contente como um pioneiro da tv, ligou o aparelho. Surpresa. As imagens estavam iguais às da antena interna.
Zé dos Santos, inocente, olhou os três técnicos de Nerivaldo à espera de uma explicação.
Um deles disse que tinha ali o recibozinho para o seu Zé dos Santos pagar.
Zé dos Santos perguntou em vernáculo "que merda é esta?".
Os técnicos do Nerivaldo disseram que o problema era da antena externa, e disso eles não tinham culpa.
Zé dos Santos apelou para o contrato de manutenção que os comprometia com o prédio.
Responderam que a manutenção era uma coisa, a tomada de tv era outra. Que no dia seguinte afinariam as imagens.
Então Zé dos Santos disse-lhes que não pagava enquanto o serviço não estivesse em condições.
Os técnicos telefonaram para o patrão Nerivaldo. Conferência e mais conferência. O patrão quis falar com Zé dos Santos.
Zé dos Santos manteve que não pagava até o serviço contratado ter sido feito.
Então os técnicos de Nerivaldo, após nova conferência com o patrão, arrancaram todos os cabos instalados, deixando um chão de lixo, de tinta arrancada do rodapé, de babas pegajosas de cola pregadas na madeira do soalho, e um buraco escancarado, indiscreto, da parede do quarto para o olho da rua.
Foi assim.
Esta esperteza estúpida que pretende que os outros são ainda mais estúpidos, é uma das razões por que o Brasil continua a ser uma país de futuro incerto, à deriva num confrangedor terceiromundismo, apesar de tudo cómodo para quem vive da exploração da sórdida aliança desonestidade/incompetência.



terça-feira, março 28, 2006

A ESTÁTUA DO LAGO

Há um jardim em Lisboa, plantado numa das suas sete colinas, que foi motivo e palco de encantos da minha juventude, e que continua hoje a ser fonte de deleite pelas recordações que me propicia.
Junto de um dos bairros ainda aristocráticos da cidade, o Jardim da Estrela abre numa das extremidades para o largo da sumptuosa Basílica construída por promessa de D. Maria I de Portugal nos finais do século XVIII.
Inaugurado em 3 de Abril de 1852, amplo, desafogado, pretendia substituir o antigo Passeio Público, uma alameda onde hoje fica a Praça dos Restauradores, e que na época concentrava os encontros e os namoricos, os penteados exagerados e os vestidos de cauda, as bengalas e os chapéus altos, os charutos e a maledicência da gente grã-fina daquela Lisboa ensonada e poeirenta.
Toda a minha adolescência foi vivida nas suas imediações, e muitos dos episódios marcantes na minha vida desse tempo desenrolaram-se tendo por testemunhas as soberbas árvores que o embelezavam.
Estava eu com 18 anos e tinha acabado de entrar para a Faculdade de Ciências, na rua da Escola Politécnica, a dois passos dali. Se isso era, decerto, motivo de orgulho para a maioria dos estudantes meus colegas, para mim não passava de um fardo, um castigo, uma imposição familiar arbitrária e vaidosa.
Os meus desejos de estudo namoravam as letras, por um lado, e a psicologia, por outro. Contrariaram-me numa e noutra paixão e obrigaram-me a enveredar pelas ciências matemáticas sob pretextos fúteis, materialistas, sem qualquer sentido que conseguisse descortinar. Tratava-se, afinal e tão-só, de dar continuidade a uma actividade surgida recentemente na família, como se de cuidar de uma herança se tratasse.
Ser o filho mais velho sempre trouxe múltiplos inconvenientes onde os mais novos, na sua ingenuidade, só enxergam privilégios.
Claro que à força de tão forçado e tão pouco esforçado, o curso teve um desfecho rápido, terminando a poucos meses do início, bem antes da conclusão do primeiro ano lectivo.
A tempestade doméstica foi inevitável e tremenda. Ainda tenho alguns pedaços de alma chamuscados pelo incêndio que então se ateou.
Mas, nesse martírio diário que era a frequência das aulas de álgebra linear, geometria analítica, geometria descritiva, matemáticas gerais e outras matérias, no meu sentir tão despidas de atractivo, havia um prazer nunca confessado que dava algum alívio, por momentos, àquela via dolorosa que era o percurso de casa para a faculdade.
Prazer matinal, muito matinal, descobri-o ao lusco-fusco das seis e meia das manhãs do Outono de Lisboa dentro do Jardim da Estrela.
Nesse pouco depois da alvorada o jardim estava deserto. Quando me aproximava do local onde o prazer à distância parecia vir ao meu encontro enquanto eu caminhava, invadia-me uma estranha sensação inefável, inexplicável, perante um espectáculo de sublime beleza.
Era um lago elíptico rodeado de árvores que se reviam nas suas águas planas como um espelho. Ao meio, uma estátua que, mais tarde, me disseram representar a filha do rei guardando patos. Não importa que rei, pois nessa altura nem sequer sabia quem ela era. Uma figura, apenas.
A luz madrugadora, coada pela neblina e pelo entrelaçado das folhas nas copas das árvores, incidia de vários ângulos como projectores de teatro sobre nuvens de vapor que cobriam o lago a meio metro acima da água.
O pedestal da estátua ficava, assim, escondido por essas etéreas manchas de algodão aquoso, dando a impressão de que a imagem planava no meio de sombras claras sobre o líquido apenas vislumbrado de quando em onde.
Era uma figura de formas clássicas, em mármore branco, de uma graça delicada e elegante composta de gestos simples. A imobilidade que a vestia era leve, e levava a crer que bastaria um toque de sortilégio para quebrar o encantamento que a devolveria à vida.
A cabeça, ligeiramente inclinada para baixo, deixava dúvidas quanto ao alcance do seu olhar. Seria o lago, ou a própria imagem o motivo da contemplação? Cuidaria dos pequenos palmípedes, ou pretenderia escusar a vista a quem passava?
Aquela estátua, de finos traços viventes e seráficos, representava a soberba trindade de uma deusa humana de pedra.
O frio da manhã parecia transportar o local para outros mundos. A humidade do ar que se esvaía da erva curta e das ramagens criava uma ambiente de sedução liquefeita.
Todos os dias, eu e a estátua, a sós, tínhamos encontro marcado, à mesma hora. Ela não se mexia, em recatado pudor. Eu não parava, para na manhã seguinte poder repetir o encontro com aquela magia instalada que, a pouco e pouco, se transferia para mim.
Durante os meses de Outono e Inverno em que por ali passei, aquela festa de madrugada alimentou o imaginário da minha adolescência terminal. Depois, como tudo, diluiu-se devagar no turbilhão das recordações.
Passados 40 anos, a dama do lago das brumas vem à minha memória evocar aquele caminho de estrelas num jardim de Lisboa. Mal eu imaginava, então, como seria refrescante a lembrança dessa magia no caminho real da minha vida.



sexta-feira, março 24, 2006

A SOLUÇÃO MANUELINA

Manuel, assumido e reconhecido natural da portuguesíssima província da Beira Alta, não tem paciência para certas coisas, e teve de relembrar a táctica da sua terra natal, a de partir para cima do outro de cacete em punho.
A princípio critiquei-lhe este ímpeto de ferrabrás. Depois, acabei por dar-lhe razão: aqui, no Nordeste, é a forma mais expedita da coisa funcionar - a coisa é a Justiça.
Manuel, emigrante há 37 anos no Brasil, veio para cá aos 17, quando ficou órfão de pai e mãe, devido a uma explosão na fábrica de fogos de artifício em que ambos trabalhavam.
Trouxe-o um tio, irmão da mãe, estabelecido no Recife com um restaurante de boa fama construída ao longo de duas décadas.
Por quatro anos ficou como empregado do tio, sempre bem tratado, sempre mutuamente bem tratado.
Mas não agüentou o clima, nem o lixo das ruas, nem o comportamento oportunista, para não dizer vigarista, das pessoas.
Pediu, então, ao tio, que o deixasse partir para São Paulo, miragem dos nordestinos que não se sentem bem no chão de origem, ou de acolhimento.
O tio fez-lhe ver os inconvenientes e os perigos da grande metrópole de betão, e sugeriu-lhe Curitiba, a capital de um Estado mais ao sul, diferente na forma e no jeito de ser. Aí tinha um amigo, e poderia recomendá-lo.
Manuel acedeu e gostou de Curitiba. O amigo do tio, dono de uma loja de ferragens e fechaduras, acarinhou-o, e ensinou-lhe os truques do negócio.
Manuel montou casa, casou, constituiu família.
Dez anos depois criou a sua própria empresa de materiais de construção civil, ajudado pelo tio e pelo patrão, ex-patrão.
Um dia, aparece na loja um homem do Recife que diz conhecer o tio. Faz uma encomenda de material para casa que está a construir. Propõe pagar metade em cheque, e a outra metade em cheque também, à chegada da encomenda. Manuel aceita. O que fica por pagar é uma quantia avultada, mas Manuel confia, tanto mais que o cliente traz como referência o honrado nome do seu tio.
O material é entregue, mas o segundo cheque não tem provisão.
Manuel tenta várias vezes o desconto do cheque, sem êxito.
Fala, então, com o cliente. Este diz que se descontrolou nas contas; promete liquidar depressa.
Várias vezes Manuel tem de falar com o cliente. Promessas, mais promessas, e mais promessas. Mas o dinheiro não chega. Ao fim de oito meses acha que é demais e recorre à Justiça. Tribunal do Consumidor, ano e meio sem êxito. Tribunal comum, com advogado a cobrar couro e cabelo, 15 meses de insucesso e despesas.
É aí que resolve fazer as coisas à sua maneira, de acordo com aquilo que conhece do Nordestino.
Visita o tio no Recife. Conta-lhe a história. O tio, muito velho já, mas muito rijo e lúcido ainda, aposentado já, mas com muitos conhecimentos ainda, indica-lhe a pessoa que Manuel pretende. Garante que a cobrança será feita, mediante uma comissão de serviço de 10% da dívida.
O agente da Polícia Militar a quem Manuel propõe a tarefa é um veterano nessa coisas de justiça. Aceita. As sovas no devedor ficam garantidas até ao pagamento integral.
A coisa fez-se. A dívida ficou saldada. Tudo pago em notas do Banco Central do Brasil. E não se falou mais no assunto.
Há dois tipos de Justiça pelas quais o Manuel jamais espera: a divina, cujos mistérios são insondáveis; a brasileira, cujas demoras são insuportáveis.



terça-feira, março 21, 2006

BIGORNA DO INFERNO

O Outono está quase a começar.
Ilusão. Aqui não há Outono. Aqui não há quatro estações. Uma estação seca e uma estação húmida marcam o compasso binário de cada ano.
Não caem folhas. As árvores não se despem. Não sopram ventanias, não há ameaças de frios, nem, muito menos, de geadas.
As neves são apenas imagens, recordações, ou desejos.
O calor impera. Corrói a vontade. Modela os actos.
O calor seca o ânimo. Acende o fogo da sede. Desfaz o ímpeto de fazer. Traz o sono à tarefa.
O calor morde. Morde no corpo e na alma. A alma amolece. O corpo é obrigado a resistir.
A temperatura não cede. Mais de 33 graus durante o dia, 28 graus às duas da manhã.
É assim o dia de todos os dias. Todas as horas do dia.
Todos os dias de manhã à noite.
Todos os dias e noites dos dias todos do ano.
O bafo quente da noite traz a promessa cumprida duma bigorna acendida, perpétua, p'ra toda a gente, tenha ou não tenha a guarida duma pouca de água fresca, inventada ou percebida.
Esboços de poemas nascem deste calor, tropical em demasia.
O cansaço do dia-a-dia esmaga o que resta ainda da vontade de escrever.
O suor pinga, escorre e cai, sempre, constante. Lágrimas convulsivas, sem choro, mudas, sem queixas, gritantes, ácidas, corrosivas.
Suor, suor, suor. Segunda pele.
Mesmo assim, regado, o corpo funde-se sem qualquer compromisso de regresso.



sexta-feira, março 17, 2006

NAMORADA OU AMANTE?

Sofre-se de um agudo, descabido e absurdo complexo de culpa em muitas opções que é preciso tomar no quotidiano da vida. Isso induz subterfúgios nos actos e na linguagem do dia-a-dia.
Por vezes carregados de artificialismo e hipocrisia, os "adoçantes" utilizados em sociedade introduzem o falso nas relações interpessoais, confundem conceitos e deseducam.
Instalou-se o medo de chamar as coisas pelos nomes que as coisas realmente têm. Procura-se aliviar a carga de conotação negativa que os actos ou as palavras possam conter, para não violentar a sensibilidade de quem ouve ou de quem se fala.
Mas se quem ouve tem a maturidade que se pode exigir de uma sociedade adulta, o que fará, por certo, será disfarçar um sorriso benevolente, perante a tentativa de disfarce do interlocutor.
Mais do que isso, quem ouve terá de assumir o seu comportamento, tanto no que disse e é alvo de comentário, como no que fez ou faz, sem ter de se sentir ofendido por se aplicar o nome adequado ao que disse e ao que fez ou faz.
Estes pretensos e grosseiros disfarces, distorções por meio da linguística de uma realidade diferente daquela a que querem, de facto, referir-se, acabam por provocar gargalhadas soltas em quem, atento, não se deixa enredar em tais artifícios.
As prostitutas de determinado preço são acompanhantes ou massagistas.
Os arrumadores de automóveis são auxiliares de estacionamento.
Os estafetas do escritório são office-boy.
O servente da escola é auxiliar administrativo.
Um caloteiro passou a chamar-se inadimplente.
Bomba é um engenho de detonação.
Incompetência é falha humana.
Colecta ilegal de dinheiro para a política é fundo não contabilizado.
Alguns crimes são apenas deslizes.
Na última madrugada de Outubro do ano passado, um dos mais perigosos e procurados bandidos do Brasil morreu num confronto com a polícia, durante uma operação para o prender.
Traficante de droga e chefe de quadrilha, com 29 anos, dominava a maior e mais problemática favela do Rio de Janeiro.
Arrogante, duma petulância que lhe nascia da influência que detinha, arrastou para a imprensa os nomes sonantes de algumas estrelas do futebol que, pelo menos, tiveram de ser ouvidas em várias instâncias da Justiça para provarem a sua isenção face ao bandido.
A sua morte, por vários motivos, foi um alívio para muita gente.
Vivia com uma companheira de quem tinha dois filhos e de quem esperava um terceiro.
No rescaldo da operação foram presas duas mulheres a quem apreenderam fotos do e com o traficante, e muitas jóias caras.
A polícia e os órgãos de informação classificaram-nas como namoradas do bandido.
Segundo o conceito clássico de namorados, o cidadão bandido poderia vir a ser acusado, também, de poligamia se o namoro vingasse com ambas.
O hábito de mudar abusivamente o nome das coisas produz caricaturas de retórica como esta.
O que o traficante tinha era duas amantes, para além da mulher, mãe dos seus filhos.
Como o termo amante, com o tempo, ganhou uma conotação negativa de infidelidade, substituiu-se pelo termo inocente e puro de namorada/o, para tornar socialmente aceite a cumplicidade sexual de duas pessoas.
Sai insultado o conceito de namoro e de namorados.
Tradicionalmente, mas de actualidade sempre renovada, o namoro é o período de conhecimento de duas pessoas, com vista a um possível casamento. Portanto, em princípio, não cabe a uma pessoa casada ter namorados, mas sim amantes.
Que os solteiros que não querem compromissos e os casados que não querem ser fieis assumam isso de forma definitiva, e deixem os namorados construir um futuro em que cabe mais do que uma partilha de cama de vez em quando.



[View Guestbook] [Sign Guestbook] Votez pour ce site au Weborama Estou no Blog.com.pt
eXTReMe Tracker Licença Creative Commons
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons para José Luiz Farinha.